Bolívia - cultura, tradição, história e diversão.

A Bolívia me surpreendeu bastante. Aqui se tem algo para fazer todos os dias. Lugares muito bonitos para visitação, o povo é receptivo e os serviços são razoáveis. 



A Bolívia é um dos países mais pobres da América do Sul. O povo é bastante sofrido e podemos comprovar isto em suas feições. Porém, as belezas naturais deste país encobrem muitos de seus problemas sociais. Mergulhemos nas profundezas do Lago Titicaca e nos sítios arqueológicos a céu aberto e suas grandezas naturais. Bem-vindo a Bolívia! 

Coisas importantes primeiro! As passagens aéreas saem em torno de 1.200 reais ida e volta. Saímos de Recife rumo à Santa Cruz de Lá Sierra. Nossa rota foi a seguinte: Recife-São Paulo-Santa Cruz. Nosso voo foi de madrugada, o que foi péssimo porque chegamos em São Paulo acabados e ainda tivemos que esperar umas 4 horas pelo voo de Santa Cruz.

Chegando em Santa Cruz, tínhamos feito pela internet a compra de passagem para Lá Paz por uma companhia boliviana, chamada Amazonas. Estávamos exaustos da viagem e o nosso voo atrasou uma hora. Começamos então a perceber na pratica o que tínhamos lido em blogs e sites na internet: a falta de pontualidade e informação boliviana. Enfim, nosso voo, que estava marcado para as 18:30, saiu às 19:30. Um avião pequeno, bem simples. Eram apenas 55 minutos para Lá Paz. Era tanta turbulência que eu fui o caminho inteiro pedindo a Deus que chegasse. Fiquei com muito medo, mas, a minha maior preocupação era mesmo com a altitude de Lá Paz. O aeroporto da cidade fica na cidade de "El Alto", a 4.050 metros acima do mar. Cinquenta e cinco minutos depois, chegamos no aeroporto. Desembarcamos e começamos a sentir um pouco do efeito da altitude: uma leve tontura e dor de cabeça, além do cansaço. 
Pegamos nossas coisas e um táxi para nosso hostel, Sol Andino, no centro de Lá Paz. O táxi custou 70 bolivianos, o que foi acordado previamente com o taxista. Aqui tudo de barganha. 
Chegando no hostel, fizemos e check in e subimos para os nossos quartos: os primos Plinio e Carlos ficaram no segundo andar, e eu e Breno no quinto. Estava muito frio, sem calefação no hostel, mas, depois do longo dia de viagem, tinha que tomar um banho. Breno e Carlos saíram para comer alguma coisa. Eu tomei banho, e deitei na cama e ainda conversei com algumas pessoas pelo Skype. Após alguns minutos, comecei a sentir mais do que todo mundo os efeitos da altitude. Uma enxaqueca horrível, vomitei a noite inteira até de manhã cedo. Os efeitos da altitude variam de pessoa para pessoa. Os meninos por exemplo, tiveram apenas dor de cabeça e cansaço. Eu, vomitei o que tinha e o que não tinha. Foi horrível. Pelo menos não precisei ir para o hospital tomar oxigênio. Só foi essa noite e pronto.

No primeiro dia em La Paz, estávamos animados para conhecer a cidade. O café da manhã do Hostel Sol Andino tinha chá de coca, leite, yogurte, pão, frutas e cereais. Pelos 5 dias que ficamos hospedados nele pagamos por quarto cerca de 200 bolivianos. Estávamos numa localização excelente! Fechamos um passeio com o pessoal do hostel para alguns pontos turísticos de La Paz e para o Vale de La Luna, o que foi muito bom. Começamos a ver que La Paz era muito mais do que esperávamos. O vale de La Luna foi incrível. Pagamos uns 15 bolivianos para entrar neste parque. À noite, saímos para comer ao redor do hostel. 

No segundo dia em La Paz, fomos passear pela cidade. Descobrimos que era o aniversário da cidade e que iam acontecer alguns desfiles. Partimos para caminhada. Ficamos para ver o desfile, muito bonito por sinal, e comemos pelo centro mesmo. Voltamos para o hostel para descansar, já que no dia seguinte iríamos ao sítio arqueológico de Tiwanaco. Este povo existiu antes dos incas e foi fantástica a visita, já que o sítio é a céu aberto. Como estávamos um pouco mais alto que La Paz, e, apesar de ser inverno, o sol estava castigando. Então, lá vou eu vomitar de novo! Depois fiquei bem. O passeio a Tiwanaco nos custou por pessoa 130 bolivianos e incluíam o almoço tradicional: trutcha e de entrada sopa de quinoa, muito boa! 

Mais uma vez voltamos a La Paz e decidimos fechar o pacote da estrada da morte! Uma trilha que é feita de bicicleta por uma estrada que começa a 4.700 acima do mar e descemos até 1.200 metros. Fechamos com a Madness por 350 bolivianos por pessoa. Estava incluso todo o material, a bicicleta, lanches, águas, almoço, uma camisa e um cd com as fotos. Eu, como não sabia andar de bicicleta, fui na van com Antônio, o motorista boliviano. Confesso que era mais seguro ir a pé ou de bicicleta do que na van. Aproveit


o agora para dizer que os bolivianos dirigem feito loucos, o trânsito é um caos, então imaginem eu numa van com um motorista boliviano e do outro lado um abismo enorme! Por incrível que pareça, não tive medo. Íamos parando para fotos com o grupo dos meninos que estavam na bicicleta, cada paisagem mais linda do que a outra. Tiramos muitas fotos e nos divertimos bastante! O final da trilha é num conjunto de bares bem simples. Paramos, tomamos uma água e seguimos para o hotel onde almoçaríamos. Um lugar incrível também! Comida boa, uma ducha, um clima tropical. A piscina não deu tempo de aproveitar porque já eram quatro da tarde e tínhamos que voltar pelo mesmo caminho que viemos, só que, agora, todos de van! Foi traumático para Carlos e Plinio que não tinham ideia de como era ruim ver o abismo ao nosso lado e, no volante, um boliviano! Ainda assim, não tive medo! O problema foi quando chegamos na estrada, finalmente, e ela estava totalmente coberta de neblina! Depois de quase três horas, chegamos no hostel, vivos e muito cansados! No dia seguinte, faríamos mais uma viagem, agora, de ônibus, para Puno, no Peru, às margens do Lago Titicaca.

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